Pólipos coloretais - evolução, tratamento e vigilância
- André Goulart
- 3 de set. de 2022
- 2 min de leitura

Evolução:
Cerca de 25% das pessoas a partir dos 50 anos de idade apresentam pólipos no intestino. Estes pólipos podem ser neoplásicos ou não-neoplásicos (inflamatórios, hiperplásicos e hamartomatosos).
Os pólipos neoplásicos, ou seja, os que podem desenvolver cancro, podem evoluir de diferentes formas, habitualmente através da sequência adenoma-carcinoma. No entanto, é importante salientar que, apesar do risco, a maioria dos pólipos neoplásicos não chega a desenvolver cancro.
Para o aparecimento de um cancro, tem de existir diversas mutações nos genes que regulam o processo de duplicação e crescimento das células. Na presença dessas mutações, a mucosa (camada mais interna do intestino) começa a crescer de forma desorganizada (hiperplasia) e a formar-se um pólipo. Com o aparecimento de novas mutações, o pólipo começa a degenerar num adenoma com displasia de baixo grau, evoluindo numa displasia de alto grau e terminando num adenocarcinoma. Ao evoluir, este carcinoma vai invadindo as diferentes camadas do intestino e começa-se a disseminar para outras partes do corpo (gânglios linfáticos, fígado, pulmões...).
Se não houver nenhuma mutação genética hereditária, um cancro leva mais de 10 anos a passar de um pólipo neoplásico para um cancro invasor. É por este motivo que, se não houver história familiar de cancro coloretal, as colonoscopias de rastreio se fazem a cada 10 anos a partir dos 50 anos.
Na presença de história familiar de cancro coloretal, a evolução de adenoma para carcinoma é mais rápida e, por isso, o intervalo entre as colonoscopias é mais curto.
Tratamento: Os pólipos são removidos pelo médico de gastroenterologia através de uma colonoscopia.
Se o pólipo for pequeno, o procedimento é relativamente simples e rápido. Nos pólipos maiores, o procedimento é mais complexo e demorado e necessita de um gastroenterologista experiente.
A maioria dos pólipos pode ser tratado por colonoscopia. Mesmo em situações em que o pólipo já tem um carcinoma em fase inicial, a remoção por endoscopia pode ser suficiente.
A colonoscopia salva vidas! A remoção de pólipos neoplásicos evita o desenvolvimento de tumores malignos.
Vigilância: Os pólipos são removidos por um médico especialista em gastroenterologia através de uma colonoscopia.
Se o pólipo for pequeno, o procedimento é relativamente simples e rápido. Nos pólipos maiores, o procedimento é mais complexo e demorado e necessita de um gastroenterologista experiente.
A maioria dos pólipos pode ser tratado por colonoscopia. Mesmo em situações em que o pólipo já tem um carcinoma em fase inicial, a remoção por endoscopia pode ser suficiente.
O intervalo de tempo para repetir a colonoscopia depende do número, tamanho e características histológicas do pólipo removido. Este intervalo pode variar de 6 meses (no caso de pólipos grandes removidos em fragmentos) a 7-10 anos (no caso de pólipo único, pequeno e sem características de agressividade).
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